Viver é uma dinâmica muito interessante, durante a adolescência, muitas vezes ficava em frente ao espelho me observando, e me perguntava:
Sou menina ou mulher? As pessoas me vêm como menina ou como mulher? Queria ser mulher, porém me sentia muito desprotegida e desamparada e isso me causava medo de crescer.
Penso que a maioria de nós passa por esta etapa, cheios de dúvidas, medos e expectativas.
Hoje entendo que enquanto no papel de pais, os “adultos” têm tantas responsabilidades que não conseguem apoiar de forma satisfatória os adolescentes na transição emocional para a fase adulta, isso ocorre principalmente porque a educação emocional, não faz parte da nossa cultura, não está incluída na carga horária estudantil, nossos pais e professores, não foram educados emocionalmente.
Ao completar dezoito anos, a sociedade tem um novo olhar para a pessoa que até ontem, era tutelado emocionalmente, considerado inapto para assumir grandes responsabilidades.
Agora, de um dia para o outro, o antes adolescente, agora adulto, é assolado por uma série de deveres e responsabilidades.
Mesmo sem entender este mundo novo, cheio de cobranças, ele vai sobrevivendo, tentando se adaptar e apreender a ser adulto sem que ninguém jamais o tivesse ensinado o universo emocional que compõe a maturidade.
Enquanto é levado por tantas novidades o ex adolescente, agora “adulto” luta para superar o medo e se preocupa em como não decepcionar as pessoas que ama.
No fundo ele sabe que não está preparado, sabe que não está pronto para suprir as expectativas sociais implicadas na maioridade.
No meio do caos emocional, ele guarda bem lá no fundo a crença do quanto crescer é assustador e doloroso.
Muitos paralisam nesta etapa da vida e escondem até de si mesmo o pânico da transição para o ser adulto.
Existem aqueles que se dão bem, que passam pela transição sem grandes atropelos, isso é raro certamente.
A pergunta é: como conseguem essa façanha? Será que realmente transitam sem grandes atropelos, ou, escondem até de si mesmos o pânico que vivenciaram e em consequência disso, se tornam imaturos emocionais crônicos, daqueles que perdem o equilíbrio com grande facilidade, tiranizando a família e os subalternos.
Certo é, que a nossa sociedade está repleta de adultos imaturos, e o que eu posso dizer é que você, que está lendo esse texto, pode deixar de sofrer com esse dilema. Sou adulto e agora???
Garanto que: Você está apto a promover sua autorreeducação emocional, você é responsável pela sua reeducação, comece hoje, buscando a ajuda que for necessária, aposte na sua qualidade de vida emocional, seja responsável pela promoção do seu bem-estar íntimo. Você merece. Traga esclarecimento para sua vida, observe seus desequilíbrios e atue sobre eles, posicione-se, assuma as rédeas da sua formação emocional, pare de reagir como criança, como se não houvesse saída.
Muitos dizem: eu não consigo, quando vejo já era, é mais forte que eu.
Tudo mentira.
Esse comportamento é típico de consciências mimadas, ou seja, pessoas mimadas, que não querem ter trabalho de mudar e de se responsabilizar pelos seus atos.
Você quer? Você pode.
Se você não começar a sua reeducação, se você não dominar os seus instintos e reações, ninguém poderá te ajudar, só você tem esse poder.
Portanto comece, hoje, agora, já.
Você será mais feliz e poderá melhorar suas relações.
Todo mundo ganha.
Se quiser saber mais, entre em contato comigo.