Drogas

O que sei sobre drogas descobri após os 45 anos, quando descobri que meu filho se drogava. Recebi a notícia através de uma carta que ele mesmo enviou-me.

É incrível como as mães podem se sentir culpadas e incompetentes num momento como esse. Só não assentei pra chorar porque havia muito tempo que eu aprendera que isso é perda de tempo. Confesso que me senti sem chão, mas como é de costume, decidi ler e me informar a respeito a fim de pensar em estratégias para sair dessa.

Foi o inicio de uma grande caminhada, que está em andamento até os dias de hoje, pois o envolvimento com drogas tem grandes consequências a começar pelo núcleo de amizades que se formam com vínculos emocionais difíceis de serem quebrados ou afroxados. Os companheiros de drogas criam laços complexos, que só com muita aceitação podemos criar espaço para liberar nosso filho. Não há liberação compulsória, é uma ilusão acreditarmos que iremos internar nosso filho e que no futuro ele estará livre desse “problema”.

O “problema” é um pacote, que inclui amigos, inimigos, interesseiros, estigma social, cerco policial e muitas outras variáveis. Sentir-se vítima injustiçada apenas atrasa o trabalho a ser feito. A pessoa que se afeiçoa às drogas, é uma personalidade frágilizada em sua autoestima, em sua autoconfiança, acredita que precisa de uma muleta para suportar a pressão emocional da vida. O fragilizado vivencia as experiências da vida a partir de uma visão de falta de força íntima, sente-se incapaz de susportar os revezes naturais da vida.

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